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Mostrando postagens de novembro, 2020

Houve, na minha experiência...

Houve, na minha experiência, nos primeiros meses de pandemia, uma fase extremamente ativa, em que consegui realizar projetos e me sentir motivada. Em outra fase, foi o oposto, cansaço e desmotivação. Dentro da própria pandemia vivenciamos diferentes momentos. Explicitando de forma clara o funcionamento da vida. Não há linearidade. Há momentos, melhores ou piores, que compõem a nossa existência. Cabe a nós saber lidar com eles, para enfrentar o cotidiano.

No momento que...

No momento que do nada começou o isolamento social fazia uma semana que eu havia tido uma crise hipertensiva e de ansiedade e fui parar no hospital. Dia 10 de março foi meu renascimento porque decidi que teria q mudar minha vida para poder ver minha filha crescer. E de repente no dia 17 nos vimos confinados em um a pto de 60 m2 com uma criança pequena e cheio de trabalho. Caos total - além do medo de pegar Covid porque sou grupo de risco, o medo de morrer era maior e segue sendo. Tantas coisas aconteceram nestes 6 meses... no começo estava feliz de estar em casa e poder ter tempo pra mim, pra família porque viajo muito, mas o passar dos meses e a falta de ideia de quando isso tudo ia acabar começou a desencadear novamente a ansiedade. Foi quando decidimos q ue viríamos para o interior de São Paulo, em n osso sítio, a princípio para umas semanas e já estamos há 4 meses e meio. Comecei a meditar, voltei a caminhar, me esforço para seguir meu pilates duas vezes por semana, mas mesmo assim...

Gostaria de compartilhar...

Gostaria de compartilhar um trechinho do artigo de Eliane Brum, no El País de 16/09/2020, que li hoje e me marcou muito: "Não sei como lidaremos com o fato de testemunhar um genocídio e, com exceção de alguns núcleos de resistência, não realizar como sociedade o esforço mínimo para barrá-lo. Ao deixar de fazê-lo, abandona-se vizinhos, familiares, parentes. Mas abandona-se, individualmente, algo constituinte do que é ser uma pessoa humana. E, coletivamente, quando abdicamos de barrar os horrores que são feitos em nosso nome, abdicamos do coletivo. Já não somos mais nada então, para além de um amontoado de quase 212 milhões de pessoas circunscritas por uma convenção político-geográfica. O Brasil, que já vinha se destroçando, terá de se haver então com algo ainda não nomeável no âmbito do horror. Não se pode passar por cima de algo desse tamanho sem se perder por completo". (Texto completo disponível em El país )

Médico

  - Doutor, estou me sentindo muito mal: meu nariz está entupido, não respiro direito, não durmo bem à noite, acordo exausto, passo o dia tossindo e espirrando, meus olhos coçam, minha garganta arranha, dói para engolir e por isso já estou comendo menos, sinto-me fraco. O senhor acha que pode ser coisa grave? O médico o examina, faz perguntas, aplica testes e exames, para eliminar qualquer suspeita mais séria. Chega ao diagnóstico: - O senhor está sofrendo de alergia provocada por ácaros. A sua casa é mal ventilada, empoeirada, tem muito mofo ou umidade? - Ah sim! Tudo isso! Na verdade, a minha casa anda bem suja. Eu não tenho muito tempo para limpeza... O médico avalia a situação e indica o tratamento: - Vou lhe receitar um antialérgico potente. É caro, mas vai resolver a questão da alergia. Só tem um problema: com essa medicação, o senhor vai ganhar peso, vai inchar e talvez se sinta um pouco indisposto. O homem se preocupa: - Mas esse é um grande problema, Doutor! O que pode ser...