No momento que...

No momento que do nada começou o isolamento social fazia uma semana que eu havia tido uma crise hipertensiva e de ansiedade e fui parar no hospital. Dia 10 de março foi meu renascimento porque decidi que teria q mudar minha vida para poder ver minha filha crescer. E de repente no dia 17 nos vimos confinados em um apto de 60 m2 com uma criança pequena e cheio de trabalho. Caos total - além do medo de pegar Covid porque sou grupo de risco, o medo de morrer era maior e segue sendo. Tantas coisas aconteceram nestes 6 meses... no começo estava feliz de estar em casa e poder ter tempo pra mim, pra família porque viajo muito, mas o passar dos meses e a falta de ideia de quando isso tudo ia acabar começou a desencadear novamente a ansiedade. Foi quando decidimos que viríamos para o interior de São Paulo, em nosso sítio, a princípio para umas semanas e já estamos há 4 meses e meio. Comecei a meditar, voltei a caminhar, me esforço para seguir meu pilates duas vezes por semana, mas mesmo assim, não está fácil porque ainda não sabemos quando teremos a oportunidade de poder abraçar e ver quem amamos q está longe. Minha mãe mora na mesma cidade onde estamos e tb é grupo de risco e por ela nós cuidamos acima de tudo. Achei que as pessoas iriam mudar c esta pandemia, mas me enganei ... são poucos que realmente viram o real sentido deste isolamento. O olhar pra si e para o outro! Ter cuidado e empatia. Menos consumismo e itens desnecessários ... estamos vivendo com algumas peças de roupas aqui e confesso que ter uma horta e poucas peças de roupa me deixam muito mais feliz! São altos e baixos, dias bons e dias ruins, mas agradecendo por poder ter um teto E uma situação privilegiada para seguir adiante e esperar a vacina. 

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