Rua das Laranjeiras

 Rua das Laranjeiras, S/N


Encontrei esta iniciativa maravilhosa despretensiosamente e se você é como eu e acredita que nada é por acaso deve prosseguir a leitura destas linhas. P.S:. Caso negativo, você também deveria continuar (risos).


Acho que é a primeira vez que me deparo com a possibilidade da escrita para mim mesmo. Comecei recentemente um diário, onde compartilho de ideias semelhantes a este texto, mas nada muito obrigatório e expositivo aos demais. Certas iniciativas que pareciam ser “antigas” demais para o mundo moderno atual parecem terem tido um novo “look” nos tempos pandêmicos.


Confesso que hoje tenho receio de perguntar se as pessoas andam bem. Nunca sabemos como o outro está, não é mesmo? Tento aplicar esta pergunta a mim mesmo. Ainda que alguns dias sejam melhores que outros. Ainda nesta reflexão não posso ser ingrato. Já viu o quão a pandemia acirrou ainda mais a desigualdade, o preconceito, a fome, o desemprego, a falta de oportunidades e afins neste país? Quando penso nisso e olho para minha realidade, não posso me dar o luxo de reclamar. Entretanto, não posso romantizar. Não dá para dizer “obrigado pandemia” no meio de tantas pessoas perdendo suas vidas. É uma linha tênue...


Posso dizer que experienciei tudo um pouco nesta pandemia. Surpresa, alegria, tédio, carência, preocupação, angústias, desesperos, manias, esperanças, desesperanças e claro, esperançar (Favor, procurar por Paulo Freire para o entendimento desta última palavra). É como se cada dia fosse uma nova ida a uma montanha russa. Nunca gostei delas, porque no final sempre saio todo descabelado (risos). O inesperado, a finitude e a não garantia do amanhã se tornaram presentes. Ou será que nunca demos muita atenção a elas? Não vou cair na cilada de dizer aqui o que me faz bem, o que pode te ajudar neste momento. Estamos em barcos diferentes, certo?


Estou em uma sinuca de bico, como dizem... Não consigo expressar receitas de bolo para ajudar o seu dia, mas também não quero cair na graça do pessimismo. Afinal de contas, para cair nesta última perspectiva é fácil. Só ligar a TV nos telejornais...


Queria muito dizer o quão logo isso vai passar, o quão logo poderemos ter nossas vidas de volta. Não quero que você se sinta mal com isso. Mas, espero que do lugar que você esteja lendo isso, acredite, não estamos em um patamar fácil. Entretanto, estamos aqui. Isso significa alguma coisa. Eu espero que seja boa no final das contas. Quem sabe nas muitas voltas que o mundo dá possamos nos encontrar e você finalmente me relatar o que significou. Se isso não acontecer tudo bem, lembra que acredito sempre nas razões dos acontecimentos e não no acaso? Então, talvez descubramos isso sozinhos. Cada um em seu quadrado.


Se posso pedir algo ao final das contas, é que independentemente de como, onde e a forma que descubramos isso, tanto você como eu, estejamos bem e que de fato a resposta desta pergunta seja valiosa.


Obrigado por ler isso, se cuida!


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