Uma mãe desfolhada

 Uma mãe desfolhada...


Olho através da janela e lembro da manhã em que percebi a árvore amada toda repleta de novos brotos.

Pequeninas, belas e brilhantes folhas ao sol, tão alheias aos dias cinzentos que aqui dentro se faziam.

Ontem ri alto... com vontade.

Que estranha e doída sensação a de seguir.

Como fazer conviver as pequenas alegrias do dia a dia e a percepção da ferida que não se fechará?

As folhas da árvore adotada já cresceram um pouco mais.

Há tempos ela te mostra as perdas e as belezas do contínuo transformar que é a vida.

Que jamais se percam em ti a capacidade e o desejo de seguir reparando.


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