...sempre me atraiu ser lida mais do que ser vista.

 Que interessante ter um lugar pra falar desse jeito, talvez ser lido por alguém que não conheço. Ando meio afastada desse mundo dos blogs há um tempo e sempre me atraiu ser lida mais do que ser vista. 

Gosto de sentir o silêncio suspenso entre uma ideia e outra. A atmosfera do quarto fica mais sutil quando se começa a escrever algo e os pensamentos ganham um novo valor. Podem ser, afinal, boas ideias surgindo ao invés do monte de lembranças e julgamentos que me acompanham durante o dia.

Vamos lá: talvez o que eu senti e percebi durante a pandemia e os últimos meses seja parecido com o que você viveu. Agora, tudo está meio voltando a funcionar. Aceitamos as máscaras como incômodas companheiras ou como aliadas para esconder uma espinha ou alguma expressão estranha que façamos na rua.

Você acha que a maioria das situações é assim meio dúbia? Embora existam, é claro, situações que sejam uma tristeza completa, mas que nos fazem inteiramente outros depois de atravessá-las e retroceder seria também nos perder um pouco.

Acho que a pandemia é um pouco isso: dar-se conta da passagem do tempo, dos fins, do inesperado. Espero que você aí também esteja olhando com carinho pras permanências, pra pequena festa sincera que faz um amigo ou parente ao nos ver depois de um tempo afastados, pro nervoso e instigante de olhar no olho de alguém que se admira… 

Os olhos ficaram mais destacados agora, com as máscaras, embora mais ardidos pelo excesso de telas. Vamos relaxá-los olhando pela janela e pro rosto das pessoas queridas que temos por perto?


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